domingo, 25 de maio de 2025

Sobre pessoas que ensinam.

 Eu andava desacreditada do amor. 

Uma sucessão de relacionamentos fracassados logo no início, por uma infinidade de diferentes motivos,  quase todos originários em mim, em um amor antigo que ainda habitava meu peito. 

Amar novamente parecia ser um dom que não mais me pertencia. E aconteceu.

Amei perdidamente. Amei com toda a intensidade do meu ser. Nem tudo foram flores, claro. Alias, hoje, olhando pra trás, vejo mais flores roubadas que vividas. Mas fiz o meu melhor. Fui exatamente aquilo que meu coração mandava ser. Entreguei tudo que achava que teria que entregar. Fui a minha melhor versão, afinal, depois de tanto, eu estava viva. Meu coração deixou de ser um órgão cuja função é fazer o sangue circular. Eu era um ser dotado de sentimentos. 

Mas não se ama sozinho. O pouco, uma hora deixa de ser suficiente.

Eu quis mais. Eu achei que mereci mais. 

E achei, que achava demais. 

Seriam mesmo meus pedidos uma grande lista de impossibilidade?

Sobre pessoas que ensinam que não. Não é uma lista superfaturada de exigências. 

Uma pessoa acaba de me ensinar que existem possibilidades. Que eu posso ter o  carinho e a atenção que eu sempre pedi. Que não é exagero pedir por um boa noite, que não é absurdo ser avisada quando sai e quando chega. Que cuidado é primordial. Que os detalhes são importantes. Que aquilo que pra você é importante, se torna importante pra quem quer se fazer importante. 

Existem pessoas que notam seus detalhes sem que você precise pedir.

Existem pessoas que simplesmente te notam. E essas pessoas, também amarraram suas canoas nas árvores erradas, até encontrar a segurança do seu porto, até ser seu porto. 

Existem pessoas dispostas a fazer por ti...

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