Eu preciso ver você!
Não é questão de querer, de desejar, é precisar. Algo imperioso, beirando uma necessidade vital!
Algo me aperta o peito, consome a razão.
Breves aparições tornam inquietos os pensamentos. As pernas se movem sem parar, nenhuma posição é confortável, o corpo deixa de obedecer os comandos do equilíbrio. Mas que equilíbrio, se até ele está por um fio?
O pouco de consciência que resta impede de fazer uma loucura, mas não é suficiente pra aquietar o ser.
Necessidade intrínseca de tomar uma atitude, segurada pela ponderação. Um fio de bom senso que parece ruir a qualquer momento.
Uma atitude errada, um passo em falso, uma palavra a mais, um instante de inconsequência e 3 vidas mudadas para sempre.
O peso do que há na mão começa a incomodar. Razão e emoção parecem retomar o eterno conflito. É preciso força, é preciso sabedoria, um piscar de olhos da razão e o resultado não será bom para nenhum dos lados.
O ideal não existe.
O ultimo suspiro do juízo manda pular fora, mas como, se a esse ponto, o sentimentalismo toma de assalto o comando e tortura todos os membros que se recusam a cumprir suas ordens?
Cadê a calma? o espírito clama pela paz, mas a inquietação não cede.
Essa necessidade começa a atrapalhar, incomodar.