Hoje eu fui pescar.
Depois de uma semana muito intensa, eu fui desacelerar no meu lugar de fuga.
Percebi que tenho muita história pra contar. Muita coisa pra compartilhar.
Você virou minha amiga imaginária... Como eu queria que estivesse aqui!
Tive alguns problemas daquele caso que você conhece e acho que ele desencadeou essa saudade. Você esteve comigo, me deu força, me deu empurrão. Do seu jeito que eu nunca gostei e sempre julguei cavalo demais, mas você sabia de tudo... e, de repente, percebi que só contaria pra você... será que eu frequento o lugar que nós gostávamos porque eu ainda gosto? Se for por isso, porque te procuro? Porque o chopp não tem mais o mesmo sabor?
Hoje, sem raiva, posso te dizer, eu sinto saudades suas.
Tentei. Tentei muito ser durona, mas sabemos que eu não sou.
Dei algumas cabeçadas pra te esquecer. Alguns passos em falso, alguns erros graves. Cometi muitos enganos, mas era minha forma de me proteger da dor que é o seu vazio. Você deixou vazio um espaço que ninguém consegue preencher.
E as vezes a saudade dói...
Não sei se esta foi a primeira vez que fui pescar em carreira solo, mas tudo me lembrava você.
Como de costume, na entrada me perguntaram de ti. Ao escolher o lugar, pensei em ti. Ao tirar o primeiro peixe sozinha pensei em ti. Ora, na balsa, já pensei em ti, na vez que levou aquele livro que prometeu me emprestar...
A quem eu tento enganar... eu ainda te amo!
