quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tempo

Queria escrever uma poesia
sobre a mágica do tempo,
do relógio que marca a hora,
e me faz perder o momento.

O tempo parece não ter passado pra mim. Mas ele passou, e passou longe.
Como é engraçada a mágica do tempo, ele passa, ela acontece, sempre, numa infinita renovação de acontecimentos. Mas é mágica. Não muda nada ao mesmo tempo que muda tudo.

O vento toca o meu rosto
me lembrando que o tempo vai com ele
levando em suas asas os meus dias,
desta vida passageira
minhas certezas, meus conceitos,
minhas virtudes, meus defeitos
nada pode detê-lo...


O tempo passou pra mim, e passou pra você. Se isso é bom ou ruim, quem vai dizer.
O tempo transforma a vida de duas pessoas em planos diferentes. Objetivamente, ele transforma meninos em homens, meninas em mulheres. Subjetivamente, ele transforma conhecidos em amigos, vice-versa, e muito mais.
O tempo age diferente em pessoas diferentes, em ramos diferentes de uma mesma pessoa.
Quando o tempo, medido em anos, chamado idade, é diferente, ele faz sua mágica de forma ainda mais surpreendente e nos torna marionetes de um teatro onde alguém acha graça.
Como encarar que os olhos que antes olhavam enviando proteção ao amigo, hoje olham pro homem que desperta interesses. Como entender os braços que antes envolviam na mais pura inocência hoje o fazem de forma mais apaixonada. Como aceitar que as mãos que outrora tocavam ao acaso, hoje procuram com desejo?
Como fazer todos as partes de um mesmo corpo em todos os planos entenderem tamanha mudança de situação?






Texto sem nexo? é, também achei... Ainda não consegui juntar todas as partes espalhadas por todos os planos pra conseguir entender objetivamente a situação, e assim poder escrever claramente.
Por hora, sou apenas um fantoche num teatro onde o tempo é o senhor e ri das possibilidades.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Pra não dizer que não mostrei as flores

 
Roseira do fundo do quintal do meu avô invadindo o meu através do muro e se misturando ao pinheiro.

Roseira do jardim da chácara da minha tia em Itápolis, cor maravilhosa.

 Todo o encanto dos Ipês amarelos na Praça Santos Andrade, frente da UEPG.



Por que as flores? Sem motivos aparentes... elas me tocam em sua beleza de uma forma única... Mostram que vale a pena estar vivo, vale a pena brilhar, ainda que por alguns dias, algumas horas ou breves instantes, sempre haverá alguém que lhe dará o devido valor.

domingo, 3 de abril de 2011

"É que eu costumo ver o lado bom de quem não tem nada a oferecer..."

Já falei de Tópaz aqui... mas esse não é sobre eles, trata-se de um gancho da música Feira de Ciências. Vide aqui.

Sou do tipo de pessoa que não faz nada esperando algo em troca. Mentira, se for um trabalho, espero receber por ele. Mas assim, nas relações humanas. Acho que você não tem que ver o que a pessoa pode ou deve te dar em troco da sua atenção.
Já dei tanta atenção a quem não merecia, dei pouca a quem merecia tanta...
O fato é que minha atenção é diretamente proporcional à necessidade da pessoa. Não, não a minha necessidade dela, a necessidade que ela tem de mim.
Aí, um belo dia, pra variar (not), eu tomo aquela rasteira. Me levanto, porque eu sempre me levanto, e vou embora.
Aí o serzinho vê que o necessitado era ele. 
E volta a me procurar.
E eu volto a dar atenção.
E os problemas são superados.
E o serzinho volta a aprontar.
E volta a brigar comigo.
E volta a dizer adeus.
E volta a sentir falta.

E volta a me procurar.
E eu volto a dar atenção.
E os problemas são superados.
E o serzinho volta a aprontar.
E volta a brigar comigo.
E volta a trazer os problemas que já estavam superados.
E volta a brigar. 
E volta a dizer adeus.
E volta.... PARA, PORRA!
Uma hora, até o mais bondoso dos seres, cansa, né não? Como eu não sou a mais bondosa dos seres, canso bem antes.
Tudo que se repete várias vezes, me cansa, me da tédio, me dá sono. Não vou à raves porque o puts puts puts repetido várias vezes me dá sono... isso é tão fato que eu dormi na mesa de uma balada em Porto Seguro. Isso é tão fato que a janela do meu quarto em Ponta Grossa era virada pra balada ao lado, e sim, eu dormia feito um bebê quando começava a rave.
E aí tem uma coisa capaz de tirar meu sono quando ele chega. O serzinho se acha indispensável. 
O serzinho nunca te ofereceu nada.
O serzinho nunca lhe foi útil.
O serzinho nunca lhe proporcionou momentos agradáveis
Ou até proporcionou, mas as tempestades em copo d'água eram maiores e você acaba perdendo o tesão até em lembrar do que foi bom.
O serzinho vive lhe jogando na cara que você errou.
Aí você, na maior das boas vontades, tentando transformar um serzinho em gente, releva tudo isso e recomeça do zero... um verdadeiro Restart. Não, não a banda! Foco, não viaja!
Aí uma hora você enjoa de receber um perdão que você nunca pediu.
Aí um dia, quando o serzinho está na fase briga e ressurreição de problemas já superados do ciclo acima citado, você cansa e diz que este serzinho não vai mais resolver sozinho os rumos da relação. Você junta o nada de paciência que lhe sobrou e diz adeus. E você afirma ao serzinho que você já virou gente, e que o seu adeus é de verdade. Configura uma real quebra do ciclo.
"Se talvez não entender
Eu desenho para você"



Mas o serzinho vive te ressuscitando os problemas superados por 3, 4, 5, 6, sabe-se lá quantas vezes o ciclo já rodou...
E você, educadamente, responde.
Tem coisa mais irritante que ter negado algo que você não pediu?
Pede-se desculpas/perdão quando se tem a impressão de que errou. Quando não tem, quando, visto na mesma situação, teria a mesma atitude, não há razão de pedir perdão pois não há arrependimento sincero. Assim como, se você deu o perdão, você não pode voltar atras e desperdoar, correto? Se aquilo continua te incomodando e você resolve que o melhor é não perdoar, sinal que o perdão nunca foi sincero.
De qualquer forma, nesse pântano de  falsidade, a vida continua, a minha vida continua muito bem, obrigada. E não, eu não volto atras quando eu resolvo quebrar o ciclo...
Tauana, do que você tá falando? 
De nada, meu querido... Só fiz uma introdução, porque, na verdade, eu queria por uma música da Tópaz... 

Feira de ciências.
Tópaz 

Se você quiser desabafar
Despejar seu mundo no meu mural
Nem começa!

Descreve tudo aqui
Nesse cartaz com gráficos
De quanto você me quer
Muito longe

Você nem se deu ao trabalho
De visitar o meu stand
Como eu queria

Me diz por que dessa autópsia
Se eu não tenho coração

Se talvez não entender
Eu desenho para você
Não disfarça! Não disfarça!


Se talvez não entender
Eu desenho para você
Te odeio! Te odeio!

Você nem se deu ao trabalho
De olhar a todo instante
Como eu merecia

Me diz por que dessa autópsia
Se eu não tenho coração
Me diz por que. Me diz por que

Se talvez não entender
Eu desenho para você
Não disfarça! Não disfarça!

Se talvez não entender
Eu desenho para você
Te odeio! Te odeio!

Se você não entendeu a minha exposição
Vai ver te superestimei
É que eu costumo ver o lado bom
De quem não tem nada a oferecer

 
 

 
Saudações!