quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tempo

Queria escrever uma poesia
sobre a mágica do tempo,
do relógio que marca a hora,
e me faz perder o momento.

O tempo parece não ter passado pra mim. Mas ele passou, e passou longe.
Como é engraçada a mágica do tempo, ele passa, ela acontece, sempre, numa infinita renovação de acontecimentos. Mas é mágica. Não muda nada ao mesmo tempo que muda tudo.

O vento toca o meu rosto
me lembrando que o tempo vai com ele
levando em suas asas os meus dias,
desta vida passageira
minhas certezas, meus conceitos,
minhas virtudes, meus defeitos
nada pode detê-lo...


O tempo passou pra mim, e passou pra você. Se isso é bom ou ruim, quem vai dizer.
O tempo transforma a vida de duas pessoas em planos diferentes. Objetivamente, ele transforma meninos em homens, meninas em mulheres. Subjetivamente, ele transforma conhecidos em amigos, vice-versa, e muito mais.
O tempo age diferente em pessoas diferentes, em ramos diferentes de uma mesma pessoa.
Quando o tempo, medido em anos, chamado idade, é diferente, ele faz sua mágica de forma ainda mais surpreendente e nos torna marionetes de um teatro onde alguém acha graça.
Como encarar que os olhos que antes olhavam enviando proteção ao amigo, hoje olham pro homem que desperta interesses. Como entender os braços que antes envolviam na mais pura inocência hoje o fazem de forma mais apaixonada. Como aceitar que as mãos que outrora tocavam ao acaso, hoje procuram com desejo?
Como fazer todos as partes de um mesmo corpo em todos os planos entenderem tamanha mudança de situação?






Texto sem nexo? é, também achei... Ainda não consegui juntar todas as partes espalhadas por todos os planos pra conseguir entender objetivamente a situação, e assim poder escrever claramente.
Por hora, sou apenas um fantoche num teatro onde o tempo é o senhor e ri das possibilidades.

Nenhum comentário: