E esse, sem dúvida é o maior dos problemas das relações humanas. Diariamente deparamo-nos com expressões do tipo “você é uma criança”, “mentalidade de piá”, “vê se cresce”, enfim, o mundo lá fora nunca está contente com nossas atitudes. E porque isso ocorre? Eu, particularmente acredito que tenha a ver com a super-proteção dos pais.
Aqui são vários fatores a ser analisados. Quando possuem condições, os pais têm uma tendência a presentear mais os filhos, eles podem atender a seus desejos de presentes mais caros, ou até o fazem para não ouvir as birras de criança depois de um dia cansativo de trabalho, isso faz com que a criança cresça mais mimada, desaprendendo a lutar por aquilo que deseja, já que, a maioria dos pais não os educa logo cedo na política de troca do tipo “te dou o presente x se tua nota em matemática for superior a y”. Desse modo, para conseguir o almejado, a criança deve, na pior das hipóteses, fazer birra, gritar, xingar, e tem pais que admitem até que elas lhes batam. “Ok, é apenas uma criança, sem problemas”. Seria assim se aquela criança não passasse a usar os mesmo artifícios fora de casa.
Quando ambos os pais trabalham fora e a criança passa o dia na companhia da empregada, babá ou avós, o problema do não fica ainda maior. Avós são conhecidas por fazerem todas as vontades dos netos, babás e empregadas são vistas pelas crianças como suas empregadas, portanto, não exercem qualquer tipo de autoridade, além do fato de não poder usar ameaças de tapinhas ou os próprios tapinhas porque os patrões nunca vão admitir que se bata em seus filhos.
O fator super-proteção é talvez o maior motivo da imaturidade dos jovens de hoje. Com os indices de violência cada dia maiores, nossos pais nos liberam para viver no mundo além das fronteiras de nossos lares cada vez mais tarde, e mesmo quando liberam, estão sempre por perto para qualquer eventual problema. Você não precisa enfrentar os problemas de frente se seu papai ou mamãe o faz por você. E, até quando isso vai se perpetuar? Vejo hoje pais que “resolvem” os problemas dos filhos na família deles, ou seja, com suas noras e netos.
Onde vamos parar?
Quando nossos pais vão permitir que sejamos homens e mulheres?
Ou somos mesmo essas super pessoas que detém todo o poder sobre a natureza e sobre nossos iguais?
Será que conseguiremos mesmo sempre resolver tudo "no grito"?
Numa próxima postagem exemplifico minhas colocações com fatores da minha educação, assim ninguém pode acusar-me de só ver os problemas dos outros.Saudações!
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