domingo, 5 de setembro de 2010

Necessidade

Eu preciso ver você!

Não é questão de querer, de desejar, é precisar. Algo imperioso, beirando uma necessidade vital!

Algo me aperta o peito, consome a razão.

Breves aparições tornam inquietos os pensamentos. As pernas se movem sem parar, nenhuma posição é confortável, o corpo deixa de obedecer os comandos do equilíbrio. Mas que equilíbrio, se até ele está por um fio?

O pouco de consciência que resta impede de fazer uma loucura, mas não é suficiente pra aquietar o ser.

Necessidade intrínseca de tomar uma atitude, segurada pela ponderação. Um fio de bom senso que parece ruir a qualquer momento.

Uma atitude errada, um passo em falso, uma palavra a mais, um instante de inconsequência e 3 vidas mudadas para sempre.

O peso do que há na mão começa a incomodar. Razão e emoção parecem retomar o eterno conflito. É preciso força, é preciso sabedoria, um piscar de olhos da razão e o resultado não será bom para nenhum dos lados.

O ideal não existe.

O ultimo suspiro do juízo manda pular fora, mas como, se a esse ponto, o sentimentalismo toma de assalto o comando e tortura todos os membros que se recusam a cumprir suas ordens?

Cadê a calma? o espírito clama pela paz, mas a inquietação não cede.

Essa necessidade começa a atrapalhar, incomodar. 

3 comentários:

Jõao disse...

Os textos são realmente bacanas, entretanto, sinto que neles há um vazio muito grande entre o sentimento e a realidade. Pois, voce fala de coisas que seriam interessantes pra você, mas, na vida, fora da sua valvula de escape ( o blog)isso parece ser somente um sonho, que voce acorda na manha seguinte, e ele gera lembrancas o resto do dia.

Tauana M. Colombo disse...

Escrevo por desabafo, não busco estética ou nexo nas palavras. Sou romântica incurável, tudo que é passado pro blog é potencializado, todos os textos guardam uma relação com ocasiões da vida real, mas, na grande maioria, o real é o gancho pro imaginário, e esse é exagerado...
Seu comentário me fez pensar muito... Obrigada

Jõao disse...

Cometi um engano ao pensar o inverso, do imaginario ser o trampolim pro "papel". Não tenho mais nada a falar, somente um frase para deixar, que li a pouco, quando lia a respeito do Senna. Só não consegui confirmar de forma efetiva a autoria

"Somos feitos de emoções, basicamente todos nós estamos procurando por emoções, é apenas uma questão de encontrarmos a maneira com que devemos vivenciá-las." (Ayrton Senna)