quinta-feira, 26 de março de 2020

Romântica... pequena reflexão de uma história real

Lembra daquele pé de mini rosas do meio do caminho? Alguém matou meu pé de mini rosas... mas a história permanece viva na memória. E essa foi memorável.

"Era um dia, sei la qual, a tarde e não lembro o motivo, mas sei que a briga corria a rodo.
Peguei o carro e fui pra lá, na clara intenção de terminar. O rádio do carro tocava Henrique e Juliano. E meu sangue fervia.

"Pra que brigar se o amor é isso,
uma espécie de um vicio,
Mil maneiras de querer"

Passa o pé de mini rosas, o sangue que fervia gelou. Briga interna. "Para. Segue. Merece. Não merece".
Anda mais de um quilômetro, diminui, seta, carro no acostamento, ré. Volta, volta, volta. Tá longe ainda. Volta, volta. Volta, que droga, odeio dar ré.

Pega a rosa. Preciso escrever. Papel? Cade? Bolsa, não. Porta-luvas, não. Banco de tras, não. Bolsa de novo,  carteira. Nada. Talão de cheques. Rasga uma folha:

Mudando de assunto, 'cê tá tão bonita
Que cheiro gostoso que vem de você
E se eu te contar, você nem acredita
Se eu tava brigando eu nem lembro o porquê.

Põe de lado. Segue viagem.
Henrique e Juliano vai cantando e a briga vai virando saudade.

"Cheguei"

Entra no carro. Entrega.

Qual era o tema da briga mesmo?

Sei lá. Só sei que levei bronca por estragar a folha de cheque. Ah, nem uso..."


Romântica... Eu era romântica.
Em que ponto me perdi de você?
Em que ponto nós nos perdemos de nós?

Tenho muitas folhas de cheque... devia ter escrito em mais...

Devia, no fim, ter brigado mais...

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