segunda-feira, 30 de maio de 2022

Medo... mas não sei se é bobo...

Ah, esse tom de voz eu reconheço
Mistura de medo e desejo
Tô aplaudindo a sua coragem de me ligar

Eu pensei que só 'tava alimentando
Uma loucura da minha cabeça
Mas quando ouvi sua voz respirei aliviado

Tanto amor guardado tanto tempo
A gente se prendendo à toa
Por conta de outra pessoa
Só da pra saber se acontecer..


É... as vezes não me reconheço. A falta de ação, a passividade.  Já estive nessa situação, e já estive nela com você. Daquela feita, silenciar o verdadeiro sentimento me pareceu mais lógico do que tentar, dizer exatamente o que eu sentia e quanto eu sentia. Mas o medo de perder sua presença na minha vida falou mais alto e eu silenciei. Descobri, devia ter falado. Você me deu a chance. 
E agora? Mesma situação. Você tem alguém. Eu procuro alguém com quem conversar. Mas sei que preencher são tentativas inúteis. Tive paixões. Mas nunca ninguém te superou... e, sei lá,  pode ser o ego falando, mas as vezes tenho a impressão que por ai, também ninguém superou...

Digo que me tornei uma pessoa difícil de lidar, sistemática. Que ama a liberdade e não aceita perdê-la. Talvez a única verdade seja que eu não aceite perdê-la...

Várias vezes me acusaram de ainda gostar de alguém. E quem será que eu quero enganar? É nítido. Sempre foi.

Tenho vontade de dizer o que sinto, o quanto sinto.
Mas o medo de te afastar não é tão bobo. Só o seria se não fosse uma possibilidade real...

Se eu escrevesse todas as estórias e desfechos que minha mente já criou... talvez sejam elas fonte de uma ilusão. Talvez elas me façam interpretar suas ações como guiadas por um sentimento que não existe.
É...

Por ora... medo. Bobo? Não sei... acho que não. 

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