Dezembros e Janeiros são repletos de desafios e novidades. Nunca boas.
Tenho tido sonhos constantes. Felizes. Com pessoas que, embora já tenham partido, se mostram bem, felizes, e eu não tenho mais medo.
"Olhei pro lado, Thomaizinho sentado na ponta do sofá, sorrindo. Disfarcei porque eu sabia que só eu o via. Olhei de novo, a pequena Merlyn pulando em suas pernas pra que ele a pegasse no colo."
Será que eles estão assim juntos lá do outro lado? Será que a pequena pinscher dobrou tanto o velho que ele até a pega no colo? Não sei, mas aquela cena deixou meu coração feliz.
"Idealmente, a casa era a mesma. Mas não era o mesmo lugar, nem a mesma construção. Mas estávamos lá, voce e eu. Por algum motivo eu estava deitada e você passou. Mexi contigo e na cena seguinte, semi deitadas, num sofá. Nos abraçamos e beijamos. Ainda posso sentir a sensação desse beijo. Quente, demorado, entregue. Real. E sem gosto de saliva.
Eu disse que te amo. Você respirou fundo e meu coração parou.
- não quero que me pressione.
- não vou.
Pessoas passaram do lado de fora olhando. E logo após, um barulho nos fundos te assustou. Imediatamente fui ver. Conferi portas e vitros trancados com você logo atrás. Você olhou e viu que esta casa ficava logo acima de uma serraria. Me disse que serrarias tem moto-serras, entendi seu pedido e fui fechar o restante da casa pra irmos embora."
O resto do sonho não interessa muito. Várias viaturas policiais perseguindo o barulho. E o vizinho que se machucou brincando com as capivaras de estimação e você foi ajudar.
Era assim que eu nos via. Você, uma pessoa do coração enorme, que ajuda a todos e nunca me deixava só. Eu, alguém que te protegia, a mão na massa.
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