A tal da noite em que todas as letras, parecem, foram escritas pra você.
Nada fica em paz
Os beijos são amargos, não adoçam como
Algum tempo atrás
Acho que a gente mudou
Isso não me faz tão bem
Como você imaginava, pensava
Que tudo isso não passasse de um momento
Mal do coração
Que fosse embora a tempestade e o mal tempo
Ficaria só paixão, só paixão
Mas não foi assim, você pôs um fim
Sem saber se estava pronta ou não
Tá errado mentir pro coração
Não é assim que se diz um adeus
É olhando nos olhos, só você e eu
Se você sente que se arrependeu
Não perde tempo e quando amanhecer
Você vai ver que o nosso amor aconteceu"
A cadeira de aço da mesa do bar, grande companheira de uma noite perfeita, se não fosse o telão.
Com tanta indiferença vendo a vida passar
Tropeços e tropeços, pedras no meu caminho
Foi só um jogo de azar
Palavras e palavras se perderam no ar
Tão perto dos seus olhos
Longe dos seus carinhos
Por Deus, tudo acabou!
Eu já não aguentava mais
Viver como eu vivi
Sofrer como eu sofri
Foi longe até demais
Sozinho vai ser bem melhor
Pra que remediar o fim?
É bem melhor perder, se nada faz doer
Como está doendo em mim"
E ai, quando nada mais faz sentido, entra no carro e ruma pra casa. Pro seu canto. Aquele, cheio de desejos, sonhos e planos. Aquele cenário de tantas estórias criadas nas noites sem sono, à luz do luar que te acompanha, te assiste pela fresta da janela.
Decidir o que vai ser
Se é uma briga de momento
Ou separação
Você tem que me dizer
Quero ouvir a sua voz
Me falando frente a frente
O que vai ser de nós
O que eu não posso é ficar
Esperando por você
Sem saber se vai voltar
Ou vai me esquecer
Você tem que resolver
Se me quer ou vai abrir
A indecisão me mata
Você tem que decidir
Vai, se teu amor acabou
Diz pra mim
Mas não me deixe assim
Sei que vou passar um mau pedaço, vou sofrer
Mas com o tempo vou parar de enlouquecer
É pior duvidar e perder
Diz que está na hora desse jogo se acabar
Se é pra ficar assim, prefiro terminar
Mesmo te amando, posso te dizer adeus
Adeus.
É. Definitivamente, nada mais faz sentido.
Falta tudo.
Falta coragem, falta companheirismo, falta carinho, falta, sei lá... só sobra a saudade. De que? De quem?
No fim, do que eu sonhei de ti, do que eu esperei pra mim.
Sobra saudade. Daquilo que um dia eu criei nos meus planos, nos meus sonhos.
Sobra saudade... Daquilo que nós não vivemos.
A lição eu já aprendi. Aprendi sozinha, a duras penas, mas a sua ausência já me ensinou a viver sem ter você.
É só voltar algumas páginas, reler o capítulo anterior.
E, no fim, de nada adiantou guardar aquelas páginas. Você não leu, eu não terminei. E nem vou.
É mais uma entre tantas, histórias mal acabadas.
Um início que se dá pelas letras no papel, um fim que se da pelas letras na tela.
Falta. Carinho, companheirismo, coragem.
Sobra... sei lá. Não dá pra chamar de decepção se eu já sabia...
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