quinta-feira, 27 de março de 2025

Sonhos

    Hoje foi dia. Fui pra casa almoçar, a cabeça doía. Ao chegar em casa, piorou. Tomei um remédio e pedi comida. Latejava demais pra fazer. Me arrastei até o quarto escuro e deitei rezando pra que o comprimido agisse rápido. Que nada. A dor só piorou.

   Comida chegou. Me esforcei pra comer um pouco, sem sucesso. Febre batendo à porta. Outro comprimido, pedi pra alguém atender meu cliente. Quarto escuro, cama. Peguei no sono.

   Acordei quando alguém me pousava docemente a mão na testa. 

   - Não parece estar com muita febre. Toma essas gotinhas. Tira esse edredom, conre só com o lençol. 

   Obedeci. 

   Eu sempre obedeço.

   Levou o copo pra cozinha, voltou, deitou ao meu lado, me puxou pra perto, me aconcheguei em seu abraço e, sentindo sua mão passando pelas minhas costas, em transe, quase dormindo, quando um pensamento me puxou a atenção. Como você entrou?

   E, quando fui perguntar, tudo estava no mesmo lugar. Ninguém havia entrado. Nada havia mudado. O aconchego era só o travesseiro nas costas. O despertar pra uma realidade. 


E assim nascem os contos. Será que começo mais um?

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