sábado, 20 de dezembro de 2008

Reflexões da revolta

Isso mais parece uma associação empreendedora, uma associação para fins comerciais... 
Temos presidente de empresa, aquele que sabe tudo, na teoria, na prática nunca saiu de seu escritório com ar condicionado, no Maximo dá umas voltinhas rápidas pela linha de produção e volta; o vice-presidente, sempre mal humorado, aquele que acha que sabe tudo, mas, na pratica, só faz merda. Temos o gerente que tenta fazer o meio de campo entre a mão-de-obra e a presidência, tenta pacientemente explicar pro vice o porquê o que ele pensa ser certo é errado, tenta escutar o presidente pra ele se acalmar, faz uma ou outra coisa do comando, mas sempre fica apenas no comando. Finalmente temos o empregado, o pobre coitado que na verdade é o coração da empresa, sabe ocupar todas as posições, mas ocupa apenas aquela que faz o serviço braçal. Temos também um fiscal, aquele que não sabe fazer nada, mas vem visitar de vez em quando e, geralmente, só serve pra dar gastos, multas muitas vezes.
É... vivo numa empresa.
Definitivamente, não nasci pra vida familiar, aprendi a ser sozinha, a vida me ensinou assim, não vou conseguir mudar de novo. Aprendi a mandar em mim, a dar satisfação à minha consciência, não sei mais obedecer a ordens, não sei mais ter que avisar cada passo meu. Começo a sentir falta de sentir falta, a ter saudade de sentir saudade... incrivelmente, começo a maldizer essas férias. Já penso em voltar, ao mesmo tempo que a perspectiva do próximo dezembro me assusta. Agüentar tudo de novo e lá, não vou ter pra onde fugir, lá terei mais motivo pra ouvir calada... sangue de barata, tenho um ano pra criar! Confesso que o treinamento está indo muito bem, já sei controlar a raiva calada, só tenho medo da hora que explodir!

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