segunda-feira, 15 de junho de 2020

E, no fim, será que valeu?

Seria a intensidade um problema? Talvez a fidelidade exata ao sentimento  não seja assim tão interessante quanto gosto de pensar. 
Algumas pessoas tem o dom de entrar na sua vida e deixar tudo tão diferente...
Gosto da minha intensidade, eternizada na rosa vermelha. Gosto do que vivi. Gosto do seu carinho, gosto do seu beijo. Droga, hoje odeio essa intensidade, essa facilidade em abrir o coração pra essa paixão. 
A pessoa fantástica fez eu me sentir, de novo, como a adolescente apaixonada. Mas a pessoa perfeita tem excesso de passado. Um passado que pesa, que feriu, que deixou cicatrizes profundas que, eu sei, são transponíveis, mas exigem, sobretudo, paciência. Eu sou paciente, quando a situação me deixa confortável. E essa não é uma delas. Essa me incomoda, me deixa triste. Não sei se consigo ser absolutamente fiel aos meus 34 nas costas e não esperar nada. Me entreguei. E, droga, me apaixonei. Mais rápido do que devia ser. Muito mais rápido do que podia ser. Culpa, talvez, do natural. É... foi tudo muito natural. 
Há uma briga aqui dentro. E não consigo entender... Talvez eu tenha escutado o que eu quero. Acho, inclusive,  que é a opção mais viável. 
Todas as suas ações mostram que fui só um caso, um romance de uma ou duas noites. Na verdade, uma conversa que ja havia esfriado, algo que já não iria mais acontecer. Mas, um convite inesperado, e até uma meia insanidade pra não desmarcar. A naturalidade, a forma, o transcorrer. O carinho... virtualmente vc me repele, me joga pra longe, não quer abrir mão, não tem espaço, mas, pessoalmente... não,  eu não posso me enganar tanto. Pessoalmente vc tem espaço, arranja espaço. Pessoalmente, vc nega suas atitudes virtuais. E eu... até quando eu vou aguentar?
Já não sei mais o que pensar...
A disfarçada compreensão tem um gosto amargo de resignação... eu não sei se tenho forças pra ser como precisa ser... eu posso estragar tudo em breve...

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