Oi. Como vai?
Sinto sua falta. Mas isso você já sabe. Já não é novidade. Além de tanto dizer, sinto que está estampado no meu semblante. Sinto que perdi um pouco do sorriso. Os dias se arrastam e um ar melancólico parece palpável à minha volta.
As pessoas já me perguntam o que eu tenho. A verdade é que a pergunta deve ser sobre o que eu não tenho. Eu não tenho você. E, com isso, eu não tenho vontade.
Não quero beber, não quero curtir.
Quero sentar na areia, caneca na mão. Fazer buracos fundos, até encontrar água, tal qual eu fazia com meu pai na minha velha infância. Quero fazer castelo de areia, com duas torres, ponte, lago de crocodilos, bandeira de palito de dente, janelas de tampa de garrafa. Quero fazer muros que cercam meu castelo, com torres de observação, com paredes lisas e neve de areia. Quero ficar ali, no alto dos meus 34 anos, imersa num mundo de imaginação, lembrando de como era bom aquele tempo.
Mas ai, o corretor sugere completar a frase e, após "aquele" ele dá a opção da palavra "beijo". E eu lembro daquele beijo. E vem o frio na barriga. E logo depois, tudo aquilo que eu pensava antes.
Será?
Será que em algum momento se arrependeu da sua decisão?
Será que seu coração pediu por mim?
Será que procurou saber de mim? Tem me visitado?
Será que já abriu minha janela na intenção de dar um alô? Será que a saudade bate?
De tudo, do alto desses 34, em tantos relacionamentos, paixões e amores, acho que nunca me senti tão impotente.
Covarde.
Eu sei o que você quer mudar, mas me falta coragem. Pra mim, por ora, vidinha calma, tranquila. Amar alguém e estar com esse alguém é o que me basta.
Não preciso mostrar nas redes, não preciso apresentar pra família. Pra mim, o único ingrediente que não pode faltar é e sempre será, apenas amor.
E, se há amor, porque estar distante?
De tudo, e sempre, apenas, sinto sua falta... Sinto falta do meu sorriso quando estava com você, de quem eu era quando tinha você.
Amo.
Sinto falta.
E vou sentir.
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