Queria que nesse coração tivesse lugar pra outro sentimento, outra pessoa. Eu poderia por a cabeça no travesseiro e dormir em paz, sabendo que amanhã já não será nada disso, mas não é. Dessa vez não é.
Queria, pois amanhã esse coração estaria mais calmo. Mas não é.
É diferente. Eu sei que é diferente. Dessa vez, completamente diferente. Novo.
Um velho novo amor. Ou um novo velho amor.
Mas está aqui. Forte, latente. Que aperta, que sufoca, que judia, e dói.
E espera.
E vive uma esperança que se recusa a morrer. Algo diz que não acabou. Não acabou pra mim. Nunca acabou. Eu só não soube o tamanho da força que tinha, mas nunca acabou.
E não pode ter acabado aí também. Está adormecido, enterrado, escondido numa pilha de diferentes sentimentos por uma única pessoa...
Sim. Eu queria que fosse só mais uma fase. Já teria passado. Já teria acabado. Mas está aqui. Crescente. Não importa quanto não o alimente.
Mas se esse é o nosso destino, mate-o.
Se essa é sua última palavra, mate-o.
Se este é o seu caminho, se é a sua escolha. Destrua de uma vez por todas esse amor maldito dentro do meu peito.
Porque cresce tanto?
Porque não passa? Não diminui.
Porque insiste em judiar, maltratar.
Mereço tudo que estou passando.
Mas não precisava doer tanto.
Até onde eu vou? Até onde aguento?
Não muito. Não muito...
Isso ainda vai acabar comigo.
E eu espero que não demore.
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