É isso aí galerinha, é fato que meus textos, os considerados bons, só saem quando algo me deixa inquieta e, na mairia das vezes, triste. Os melhores saem no ponto alto da dor, e sempre os compartilho com os amigos que gastam um minutinho de seu precioso tempo pra ler o que aqui publico.
Pois bem, hoje tinha tudo pra ser um dia péssimo, ou melhor, é um dia péssimo! A manhã foi massante, à tarde estava inquieta, resolvi dormir. Deitei n a cama, morrendo de sono, porém não conseguia dormir! virava de um lado, virava de outro, milhares de pensamentos na cabeça, não conseguia me desligar, até que uma hora deu certo, dormi, alias, cochilei, até acordar atordoada com o som do interfone... Atendi, uma mulher querendo um favor, dae ficou esticando, conversando, e eu com dor de cabeça, querendo quase que morder alguém... 1 hora e meia depois de me acordar a individua resolve ir embora. Volto pra net, papeio com os amigos, como qualquer besteira.
Alguém bate na porta. Não, eu não vou atender, ou eu mordo essa pessoa! Atenderam a porta, era pra mim! Levanto, saio do meu quarto, o Cell está na sala... "oi, entre, o que me conta?"
Ele veio me trazer uma otima notícia! Sucesso absoluto na apresentação da monografia!!!
Depois de meses me torrando, descontando sua impaciência em mim, chegou ao fim!
ENTÃO CELL, MEUS PARABÉNS!!!!!!!!!!!
Sua notícia deixou meu dia muito melhor!



Entra numa igreja, um grupo reza de joelhos num canto. Senta-se num banco, ao lado de um altar, alguém lhe havia dito que é a Santa Padroeira da Polônia. Sozinha, agora, o lugar lhe parece acolhedor. O grupo de senhoras e senhor lhe trás lembranças da infância. Avó e avô que já se foram. Os olhos ameaçam chorar, chegam a ficar marejados, mas não derrubam uma lagrima. Saca seu celular, lembra de pô-lo no modo silencioso, em seguida bate fotos, do altar principal a sua frente, dos secundários a sua volta. Levanta-se e sai.
Anda pela cidade, ainda no clima de imersão em sua própria personalidade. Ao atravessar uma rua, avista, ao longe, os muros do cemitério. Sem explicação, sem lógica, é tomada por uma vontade de andar por ali. Caminhando na direção do portão é lembrada por um segundo eu que tem medo daquele lugar. Promete-se ser um oi a uma “velha conhecida”, entrar por um lado, sair por outro, no entanto, ao entrar toma direção contraria, anda por meio a túmulos, não sente medo, parece estar entreamigos, se imagina entre os seus. Tira fotos de jazigos estranhos, que surpreendem pela beleza, pela antiguidade, por escritos, pela exuberância. Passa dar seu “oi” para a tia Victória, “sorria para a foto tia”. "1985, tia Victória deixou este espaço antes de você nascido".
Ruma de volta para a casa. Já sente-se aliviada. Não pensou em problema algum, não chegou a conclusão alguma, apenas andou, andou muito alem de onde pretendia ir, seu joelho que reclama, hoje não dói, quase torce o pé, e ele não dói. Corpo e alma numa perfeita sintonia a procura de paz e do verdadeiro “eu”. Aquela, encontrada, este... uma busca eterna.

